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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Esta é uma das últimas postagens de 2011. Eu não queria escrever nada com o que estou sentindo, não acho isso justo com aqueles que se preocupam em acessar o meu blog. Mas ao mesmo tempo, não quero fazer como um certo colunista da minha cidade, que se diz 'consultor de empresas', e tudo o que disse em sua coluna foram coisas abstratas sobre o novo ano. Se eu fizesse isso, estaria sendo hipócrita.
Está chovendo. Sempre ouvi que os dias de sol trazem alegria, o que é verdade. Mas pra mim, a chuva é um alívio. Eu prometi a mim mesma que tomaria um banho de chuva quando passasse no vestibular. Eu não quero chegar lá na frente, e pensar que isso foi fácil perante as novas dificuldades. Não quero pensar 'nossa, o vestibular não foi nada'. Eu quero tomar o meu banho de chuva logo.
A verdade é que vestibular não é como escola, em que se estuda e passa. No vestibular, por mais que você estude, pode ser que não dê certo. Eu sei que tem mais gente com a mesma tristeza que estou sentindo agora, eu sei disso. Eu vi essas pessoas chorando comigo, de certo modo, na igreja em um dia desses. Eu tento não pensar nisso, tento não pensar se eu passei ou não. Mas, dessa vez tudo está sendo diferente, talvez porque nesse ano estudei de verdade. Confesso que, enquanto escrevo isso, meu rosto é lavado pela minhas lágrimas, o que pra mim é um alívio. Mas, eu queria que meu rosto estivesse sendo lavado pela chuva que cai lá fora agora, que limparia todas as minhas tristezas e mágoas. E eu estaria chorando, igualmente. Mas por outro motivo.
Eu sei, todo mundo diz, que precisamos ser fortes, aguentar. Mas a dor que sinto agora é de um corte que foi feito no ano passado, mas que foi aberto novamente. Não cicatrizou.
Antes eu costumava dizer que não teria condições psicológicas para aguentar tanto tempo. Hoje eu sei que vou aguentar o tempo necessário. Eu não quero cair, eu não quero desistir.

Desculpe pelo post com esses sentimentos.
Mais do que nunca, eu espero que 2012 seja melhor. Não só pra mim, mas para todo mundo.
Eu quero tomar o meu banho de chuva logo.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Medo Líquido - fragmento

O futuro é nebuloso? Mais uma forte razão para não deixar que ele o assombre. Perigos imprevisíveis? Mais uma razão para deixá-los de lado. Até agora, tudo bem; poderia ser pior. Deixe ficar desse jeito. Não comece a se preocupar em atravessar aquela ponte antes de chegar perto dela. Talvez você nunca chegue, ou talvez ela se parta em pedaços ou se mova para outro lugar antes que isso aconteça. Portanto, por que se preocupar agora?! Melhor seguir aquela receita muito antiga: carpe diem. Em termos simples: aproveite agora, pague depois. Ou, estimulado por uma versão mais nova da sabedoria antiga, atualizada por cortesia das companhias de cartão de crédito: não deixe para depois o que se pode fazer agora.


Medo Líquido - Zygmunt Bauman

domingo, 27 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

It's Probably Me II

Esta postagem fará um ano nos próximos dias. Nunca falei sobre isso aqui, mas postei ela no dia seguinte da prova da UFPR. Eu estava com medo de conferir o gabarito, medo de fracassar, de cair. Mas ainda assim, conferi. É claro, eu sabia que não iria para a segunda fase, mas assim mesmo quis pagar pra ver.
A prova da UFPR de 2012 é daqui uma semana, e ainda me deparei com meus medos antigos. Não sei como será esse ano, mas sei que me preparei muito melhor - não existe motivo para se sentir assim. O medo é a corrente que me aprisiona na realidade, a gaiola que me impede de voar.

Eu escrevi a palavra 'medo' quatro vezes nesse pequeno texto.
Decidi não ser mais refém dele. É difícil, isso não virá de uma hora para outra, mas ainda assim não vou desistir tão facilmente.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Consumo e Cidadania - Proposta 30

A música "21 century digital boy", da banda Bad Religion, é um manifesto contra o consumismo e o que ele representa; no refrão se diz: "eu não sei como viver, mas tenho vários brinquedos".
O consumo foi necessário para a consolidação do capitalismo. O ato de comprar aquece a economia, gera empregos e seus produtos trazem conforto. O problema é o modo de fazer isso, rompendo a fronteira entre aquilo que é necessário e aquilo que é supérfluo. O relatório divulgado pela Worldwatch Institute comprova que o atual ritmo de consumo é exagerado, sendo que apenas um terço da população mundial contribui para este sobrepeso no meio ambiente. Mais que uma questão ambiental, é uma questão de cidadania, denunciando que a distribuição de renda feita de maneira justa ainda é um sonho distante. Ou seja, para o jornalista Washington Novaes, especialista em questões ambientais, esse um terço pode ser capaz de minar a qualidade de vida de todo o mundo, literalmente. Além disso, embora hoje tenhamos acesso a fontes que nos informam quais são as empresas que fazem testes em animais, pouco se sabe sobre empresas que oferecem condições minimamente dignas aos seus funcionários, a exemplo da Zara, marca de caráter internacional, denunciada por usar mão-de-obra em regime de escravidão.
Mas, afinal, será que precisamos consumir tanto? No filme "Clube da Luta", dirigido por David Fincher (o mesmo que dirigiu A Rede Social), há a frase "as coisas que você possui acabam possuindo você", no qual há o questionamento sobre aquilo que realmente é essencial para a sobrevivência. Vivemos em uma era em que somos aquilo que temos.
Em respeito aos artigos do Código de Defesa do Consumidor, bem como aqueles responsáveis pelo produto que chega até nós, poderia ser elaborado um selo assegurando que os direitos básicos dos trabalhadores estão sendo cumpridos, parecido com as "Listas Brancas", do New York Consumers League. Mas, mais do que isso, se for para comprar que seja apenas o necessário; na maioria, compramos coisas que não precisamos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lixo - proposta 28

Dizer que a poluição é reflexo dos tempos de modernidade é ingênuo. O ser humano sempre poluiu, em maior ou menor escala. Países desenvolvidos produzem mais lixo, descartando por vezes em outros territórios do globo como se fossem meros depósitos.
Mesmo em municípios de países em desenvolvimento como o Brasil a quantidade de lixo doméstico produzido diariamente é assustadora, sendo o destino desses resíduos a maior das preocupações: mais de 70% vai para lixões e menos de 1% passa por processos de reciclagem. Infelizmente, as pessoas que vivem em tais ambientes, em geral, viram a preocupação secundária. Os documentários "Ilha das Flores", de Jorge Furtado e o premiado "Estamira" mostram pessoas reais que mesmo com o "polegar proeminente altamente desenvolvido" vivem em ambientes hostis, reaproveitando o consumo desenfreado alheio como meio de sobrevivência.
Em contraponto, o Brasil é líder no reaproveitamento de latas de alumínio, e a taxa de reutilização de garrafas do tipo PET é respeitável. Muito dessas conquistas se devem a ONGs, projetos de livre iniciativa e catadores, que além de geração de empregos reduz o impacto ao meio ambiente. Hoje existem grupos especializados na coleta de óleo de cozinha, por exemplo, usado para a fabricação artesanal de sabão. Estima-se que 1 litro de óleo doméstico polui 1 milhão de litros de água, quantidade suficiente para 14 anos de consumo. Com a popularização de celulares e computadores, o número de lixo eletrônico produzido é grande. No Brasil existem postos de coleta especializados neste tipo de material.
Para tanto, também podemos fazer a nossa parte. Assim como empresas possuem uma política na redução de papel, podemos optar por produtos com menos embalagens. Para fazer um mundo melhor para seus habitantes e meio ambiente, podemos começar por nós mesmos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Front

Eu juro, gostaria de escrever algo cheio de açúcar como a postagem anterior. Mas em dias como hoje, situações com essa, não dá. Me sinto indignada, presa, com amarras nos meus pulsos que me impedem de fazer algo significativo. Não, eu estou bem, mesmo. Estou na minha casa, com meus pais e minha irmã, onde o ambiente é maravilhoso. Mas, há algo que não se encaixa, e concluo que tenho essas coisas quando volto pra casa, como se um pedaço de mim voltasse a respirar, fugindo de uma vida semi mecânica, mas que gosto muito.
Hoje (ainda é 23:59) faz uma semana que um homem da minha cidade morreu. Não o conheço, não conheço sua família, mas sei que ele tem dois filhos (acho), entre eles uma menina que não deve nem imaginar que eu existo, mas que eu a conheço, de certa forma. Ela figurou um determinado evento que acontece de tempos em tempos aqui, e como ela sempre estudou em escolas de turmas pequenas é fácil reconhecer. Enfim, o pai dela morreu. Como eu disse, não a conheço, ela não me conhece, mas rezei por ela e pela mãe dela, para que o sofrimento não se alastrasse mais que o necessário. Ao que parecia, ela tinha uma vida ótima, linda, cheia de amigos, festas, pessoas legais, bons colégios. No entanto, o pai dela não está mais aqui, e isso me fez pensar em várias coisas.
Por que algumas pessoas precisam passar por isso? Será que suas vidas realmente mudarão depois, será que serão pessoas 'melhores'? Será que para ser melhor é preciso perder um pai ou uma mãe, para que dessa forma algo amadureça em suas almas e seus corações?
Comparando grosseiramente, é como algumas pessoas mais velhas dizem que embora a ditadura militar no Brasil tenha existido, muito progresso se fez. Mas, será que para ter progresso é preciso tanta violência, tantas mortes, tantos desaparecidos?
Eu sei, essa é a 'ordem natural' das coisas, onde os pais, teoricamente, morrem antes dos filhos. Mas, não consigo deixar de pensar nas lágrimas e no sofrimento de quem passa por isso. Inevitável não se colocar no lugar, não imaginar isso acontecendo consigo. Pior, o sofrimento dos outros escorre pra mim. Tem gente que se emociona com livros. Tem gente que se emociona com filmes que cachorros morrem. Já eu, não consigo ser indiferente ao sofrimento humano, como aconteceu quando assisti Frida.
E se a morte de quem é muito importante para outro alguém fizer diferença, se ela for evitada, é possível que a mudança ocorra? Falando em Frida, confesso que seus quadros são perturbadores para mim. Não consigo vê-los sem sentir pregos na garganta, como se proliferassem espinhos em mim. Talvez, se ela não tivesse sofrido o acidente, se achasse alguém mais legal que Diego Rivera para viver, a sua genialidade ficaria em estado de latência. Jamais teria feito quadros com tanto sofrimento, sentimento, emoção. Ou, talvez não.
Talvez esteja na hora de eu parar de dar tanto murro em ponta de faca. Aceitar que algumas coisas precisam acontecer. Aceitar que não posso mudar algumas coisas. Aceitar que algumas pessoas não vão falar com você, não te darão nem boa noite.
O problema é que isso não faz parte de mim. Sou instável, explosiva, contestadora, indignada e além de tudo, de leão. Meu pior defeito sempre foi ir atrás do impossível, aguentar. Eu acredito na mudança das coisas. Acredito que somos donos dos nossos destinos. Não acredito que joguinhos funcionem. Mas, talvez esteja na hora de enfrentar as coisas como são, enfrentar os quadros de Frida Kahlo, travar mais uma guerra contra mim mesma. Não ter medo do que pode acontecer, sair com a certeza de que fiz o meu melhor. E sim, dane-se a opinião alheia.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Antitelejornal - Skank

Perdurar, segundo o Caldas Aulete, tem como significado durar muito, subsistir, permanecer; ser lembrado através dos séculos, permanecer na lembrança.

Que a calma perdure, que eu me mantenha calma, leve. Que as preocupações futuras se tornem pequenas perto dos objetivos, que o tempo passe devagar.
Gosto de viver assim, devagarinho, gosto de sentir o sabor das coisas. 3 anos não passam rápido. Passam o equivalente a 3 anos. Que a felicidade seja permanente, seja lá o que vá acontecer.
Para se ter coisas que nunca teve, é preciso fazer coisas que nunca se fez. E para isso, é necessário estar bem, consigo mesmo, com os outros, com o ambiente.
Esse não é um texto de auto-ajuda. Mas, a alegria que estou sentindo nos últimos dias tem me feito bem, quero compartilhar isso.

Tirar todas as pessoas das ruas. Construir casas populares. Jogar milho nas ruas, para que até os pombos possam comer algo melhor que lixo. Desejar um bom dia para estes curitibanos. Limpar as ruas. Plantar flores nas calçadas. Criar um antitelejornal. Cantar. Dançar. Aprender. Pintar os telhados de branco. Andar nas ruas amarelas de flores de ipê. Acreditar em um mundo melhor. Fazer acontecer. Doar sangue (assim que possível). Olhar nos olhos das pessoas. Promover igualdade nas minhas decisões, sentir a chuva.
Sentir a chuva.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Back to Black

Pois é, todo mundo foi pego de surpresa com a morte de Amy Winehouse. Não dá pra deixar isso passar, apesar de que eu não conheço muito as músicas dela. É, ela se tornou membro do Clube dos 27 (fazendo uso da postagem do Wômito).
Mas, não é isso que quero falar. Hoje ouvi uma frase do Lobão, que questionava se era melhor viver 10 anos a mil, ou mil anos a 10, sobre o Cazuza, sua morte e o modo que ele levou a vida. Isso tem muita conexão com a Amy, que estávamos acostumados a ouvir suas histórias, o que fez, o que deixou de fazer, tudo. Conheço pouco sobre ela, mas imagino o quanto deve ser pesada a pressão em cima de uma pessoa que tinha uma das melhores vozes dos últimos anos, com namoros fracassados, paixões que acabaram de modo triste, e não poder fugir da realidade direito, sempre com fotógrafos e stalkers atrás.
Mas, quanto à frase de Lobão, eu escolhi viver mil anos a 10. Eu sei, pra quem me conhece não é surpresa. Certa vez alguém me disse algo como Se estivéssemos na década de 70, eu seria um hippie e você uma yuppie. O pior é que ele estava falando sério - e é verdade.
Mas, escolho viver 1000 anos a 10 pelo sabor das coisas, por preferir viver devagar, mas de consciência tranquila. Sentir o gosto dos momentos, pra que fique eternizado na memória, e não viver como se não houvesse amanhã. Não existem certezas, existem oportunidades (V for Vendetta), e se for pra acontecer, vai acontecer, independente de data, de hora marcada.
Cada um escolhe o que é melhor pra si, e não, eu não prefiro acordar arrependida. Não julgo quem escolhe viver 10 anos a mil, mas ainda assim, prefiro ir dormir na vontade.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Columbine - parte 1

Começo hoje uma série de postagens sobre o atentado em Columbine, suas repercussões e razões. Serão postados textos de natureza argumentativa, e a caixa de comentários está aberta para opiniões convergentes ou divergentes. Não prometo regularidade, mesmo porque as postagens aqui andam rareando... mas a medida do possível, postarei algo aqui.

Cassie Bernall e Rachel Scott



De todas as vítimas do massacre, elas ganharam mais notoriedade. Mais notoriedade que os próprios assassinos, diga-se de passagem, que são lembrados na maioria das vezes por influenciar outros atentados, seja no vestuário, seja nas armas, seja nos objetivos. Tirando isso, dificilmente são lembrados. Agora, Cassie e Rachel, quando se fala em Columbine, elas são lembradas por muitos quase de imediato, seja pela música do Flyleaf (que é ótima), seja pela história do 'I will say YES!'. Começaremos por isso...
Em pesquisa, encontra-se muito isso. Contam que Cassie morreu porque Eric Harris perguntou "Você acredita em Deus?' e ela disse sim. Isso repercutiu de maneira assustadora, visível quando se olha superficialmente no google. Como eu disse, a banda Flyleaf tem uma música chamada Cassie, que fala justamente disso. Esta música virou um hino, mesmo que o Flyleaf tenha outras músicas do mesmo calíbre (escute Tina e I'm so sick). O problema é que faz algum tempo que um órgão norte-americano desmentiu isso, falou que a história de Cassie é mentira, nunca aconteceu, que isso virou um mito poderoso, altamente persuasivo. Falar de uma coisa nebulosa é difícil, só quem esteve lá pode dizer se é ou não verdade. Há quem diga que Rachel passou por algo parecido, mas os relatos mais fortes são de Cassie.
Porém, isso nunca impediu de que os pais e a mídia estadunidense afirmasse com fervor que realmente aconteceu. Até o funeral de Rachel está no youtube. Os familiares (imagino) fizeram um site do qual você pode comprar livros inspirados nela. Pouco tempo depois do massacre, a mãe de Cassie escreveu um livro.
Fizeram de suas mortes um negócio, uma forma de arrecadação, talvez por uma história que é uma mentira. Além, de claro, ser munição para suas respectivas religiões, uma vez que Cassie participou de um video afirmando que viveria para Deus.
Acredito que cada um tenha sua crença (ou não). Eu tenho a minha, acredito em Deus, em Jesus Cristo, e não sou uma 'cristã não praticante'. Mas isso não vai fechar os meus olhos para isso, defender esse comércio todo por uma história que nem sei se é verdade. É incrível como muitos postam por aí 'Nossa, é história de vida!', mas que com certeza não fariam metade do que elas fizeram, isso se fizeram. Eu decidi não compartilhar de algumas opinões sobre isso, decidi não torná-las ícones, santas. Decidi ir por mim, pelo o que eu acredito, e sim, acredito sim que tais igrejas fazem uso indiscriminado de suas imagens para atrair pessoas que contribuirão com 10% de seus salários. Mas, infelizmente, não dá pra condenar uma instituição se os próprios pais promovem a venda de livros e filmes de suas filhas.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia do Rock




Na foto:
KISS;
Dave Grohl;
Chris Cornell;
Black Crowes.

post novo nesta semana ainda

domingo, 12 de junho de 2011

Sobre corações;



Sentimento. Taquicardia. Rosas. Chocolates. Vinho Tinto. Suor frio nas mãos. Olhares. Paixão. Beijo. Abraço. Inverno. Música. Afago. Perfume. Sonhos. Realidade.
"Você é o meu sonho, o amor da minha vida. Que Deus permita que eu viva tudo novamente."
em suma...
Dia dos Namorados.

Esta postagem é dedicada à todos os corações apaixonados, à todo o amor, à tudo de maravilhoso que houver nesta vida.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Água Viva



A visão de uma medusa, um delicado domo transparente de cristal pulsando, sugeriu-me de forma irresistível que a vida é água organizada.
Jacques Cousteau

domingo, 17 de abril de 2011

Tiros em Columbine - 12 anos.

Com a tragédia em Realengo, o mundo lembrou do que aconteceu em Columbine, no estado do Colorado. Eu nunca tinha me interessado sobre o assunto, mesmo porque, na época eu ainda nem tinha completado 6 anos de idade. Entretanto, a minha paixão pela ciência do comportamento veio à tona nesta última semana, e no domingo assisti o documentário Tiros em Columbine, de Michael Moore, indicado por um dos meus professores de português.
Em pr
imeiro lugar, o documentário é ótimo, muito bem feito. Quem conhece os trabalhos de Moore sabe do que estou falando. Depois, a abordagem é clara. Faz menção ao massacre sim (se é que posso me referir como 'massacre'. Sensacionalista demais), mas não fica tentando explicá-lo por teorias da conspiração que na maioria das vezes não faz sentido, mas mostra as possíveis causas.
Nas aulas de redação, aprendi que o fato é mais importante que opinião, pois isso qualquer idiota tem. Fato não. É uma base sólida, muito mais concreta, e é pelos fatos que o documentário repercutiu tão bem.
Todos sabemos como a mídia estadunidense funciona. As pessoas são controladas pelo medo. Medo de morrer por abelhas que nunca chegaram, de uma bomba cair em cima da sua casa, e pasme, de parecer um deficiente mental. De verdade, chega a dar nojo. O medo emburrece, te coloca um cabresto.
Mas, voltando à Columbine, como era de se esperar, várias teorias foram fundamen
tadas. Depois que algo assim acontece, a televisão, filmes e games violentos, e música viram os grandes culpados. Porque sim, é MUITO mais fácil culpar culpar o Marylin Manson por influenciar os garotos do que olhar para o próprio governo, que a décadas é responsável por ditaduras e para a venda liberada de armas e munição. Dylan e Eric compraram as balas em um hiper mercado chamado K-Mart. O video dele está aqui.
Eu não pesquisei mais sobre os garotos. Mas, o que eu vi em videos gravados por eles foi, de um lado, um comportamento calmo proferindo ameaças. De outro, transparente, a raiva visível. Há quem diga que no fim das contas são vítimas. Eu não vou afirmar nada, pois não pesquisei o suficiente, e não sei se terei tempo para aprofundar esse assunto.Mas o que eu sei é que procuraram evidências e razões em coisas que pouco tem a ver. Após isso, se tornou muito mais cômodo fazer como os alemães fazem quando questinados sobre o nazismo: ignorar. Columbine virou sinônimo de vergonha.
Mas sentir vergonha e esquecer não resolve. Temos que evitar que coisas assim se repitam.

Columbine - r.i.p.

  • Rachel Scott;
  • Dan Rohrbough;
  • Kyle Velasquez;
  • Steven Curnow;
  • Cassie Bernall;
  • Isaiah Shoels;
  • Matthew Ketcher;
  • Lauren Townsend;
  • John Tomlin;
  • Kelly Fleming;
  • Corey Depooter
  • Daniel Mauser;
  • Dave Sanders;
  • John Tomlin.
Dylan Klebold e Eric Harris.
Cabe à você julgá-los.

PS: não sei porquê, a data aparece como 17\04. No entanto, postei hoje, 20\4, propositalmente. Blogspot fail.

PS 2: esta postagem sofreu modificações. Escrevi algumas incoerências, e por isso achei melhor modificar aqui. You live, you learn.













sábado, 5 de março de 2011

Avenida Paulista

Este blog não possui o mesmo renome de uma Veja ou IstoÉ. Na verdade, o objetivo não é, e nunca foi, ser como uma dessas revistas. Logo, não vou premiar ninguém por aqui. Este é mais um blog de opinião, e hoje falo de algo que me encantou, como poucas coisas me encantam.
Semana passada, fui com a minha família em um lugar chamado Avenida Paulista, em Curitiba-PR. Com toda a minha sinceridade, posso dizer que são poucos os ambientes que fazem com que eu me sinta bem, confortável.
Mas, o quesito ambiente se torna ínfimo perto do quesito culinário, digamos assim. Comida de verdade, com sabor, com paixão! Desde os aperitivos, bem pensados - e sobretudo bem feitos, a pizza em si, a vivacidade dos temperos me remeteu ao fogo, paixão, ânimo, vontade, essas coisas todas que sentimos em algum momento da vida. O trabalho de combinação de nuances parece ter sido detalhadamente trabalhado, tal como escritores que passam anos escrevendo complicado, para que se consiga escrever simples. Enfim, é difícil descrever toda a sinestesia, tudo o que uma boa comida desencadeia. Porque sim, comer bem é um prazer imenso.
Entretanto, este post só fica completo quando se fala do atendimento. Fomos muito bem atendidos, de um jeito que a muito tempo não éramos. Isso quebrou toda a sensação que eu tinha em relação à Curitiba, que era uma cidade, em termos, gelada, se é que me entende. Em especial, gostaria de agradecer especialmente ao garçom que nos atendeu, que se chama Marcos.
Marcos, eu e minha família te agradecemos IMENSAMENTE pela sua dedicação para conosco; te mandamos as nossas verdadeiras saudações catarinenses, e em especial toda a sua atenção que destinou à nós. Obrigada por ceder, gentilmente, o cartão do restaurante.
Esta postagem é, de certa forma, uma indicação. Se tiver oportunidade, vá lá. Se estiver com vontade de saborear uma comida com vivacidade, vá para lá. Vai gostar, garanto.
Mas depois disso tudo, tenho uma certeza: quero voltar lá para celebrar, com a minha família, meus amigos e as pessoas que eu gosto, os grandes momentos da minha vida, dos quais eu estou trabalhando para que aconteçam. Afinal de contas, eu não morro sem experimentar a Pizza de Rosas de sobremesa (:

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Eu Quero Tanto


Me diga o que eu posso fazer, me diga se há ainda algo a dizer, se a esperança existe ou não, se tem alguma luz no fundo da escuridão. Sinto que estou perdido no meio da multidão; eu quero me encontrar, saber pra onde ir...
O que será da gente? Eu quero tanto, eu quero muito te abraçar e tocar seu rosto agora; te abraçar, por favor, não vá embora, espera até o sol nascer, não quero ficar sem você.
Será que tudo foi em vão? será que não passou de ilusão? Eu vou lutar pra conseguir, movendo montanhas sem nunca desistir.
Vou caminhar sobre as águas do mar, voar no céu azul do seu olhar...
(...)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Canonização Desmedida

Eu sempre achei que todo fanatismo é idiota, pois deixa de ser uma relação pessoal de amor para ser uma obsesão inútil e perigosa. Nesta semana, o Ronaldo, aquele cara que fechou contrato de 400 mil mensais + patrocínio, que até um tempo atrás era considerado por muitos mais um jogador de joelhos destruídos, passou a ser um semi deus, em suma, um exemplo a ser levado em frente, mesmo tendo deixado a namorada grávida em casa pra sair com três travestis, e só depois de três horas descobrir que eram homens. Não vou me ater muito nisso, pois para mim ele não soube quando parar, simplesmente. Mas o ponto que quero chegar é o fato de ele ter se blindado da forma mais indigna possível. Afinal de contas, ninguém vai ser detonado se levar os filhos na coletiva, não é?
O problema é que ao que parece, a população acreditou que ele tem hipotireoidismo, que é uma disfunção que é, na maioria dos casos, identificada desde a infância, sendo que o tratamento é feito com Tiroxina, da qual não está na lista das substâncias que acusam dopping. Se for assim, é melhor demitir toda a equipe médica do Corinthians. O pior é ver o quanto ele estava desconfortável ao falar aquilo; mas pior ainda é saber que tem gente que aceita, que canoniza, e que defende acima de tudo e todo mundo.
Outra coisa que não me agrada nada, é a blindagem social que certos líderes políticos do PT conseguiram. É verdade, a nossa economia vai muito bem, obrigada, mas e o resto? o Governo do Rio de Janeiro liberou 3 milhões para as escolas de samba recuperarem o prejuízo, enquanto tem pessoas que ainda estão passando dificuldades em decorrência das chuvas. Eu sei, o forte do Rio é o turismo, e este vai ser explorado nesta época do ano, mas liberar essa grana forte pra carnavalesco comprar pena de pavão pra enfeitar a primeira vagabunda que aparecer pra desfilar, me soa como uma profunda falta de respeito pelo trabalhador que paga seus impostos e espera retornos sérios.
Na última crise, nós escapamos com poucos ferimentos, pois o consumo foi estimulado. O IPI de eletrodomésticos e automóveis caiu muito, o que permitiu que muita gente pudesse comprar um carro. Não digo que isso não é bom; não digo que não gostaria de ter um carro 0km na garagem; mas digo que é INSUFICIENTE. Não é a geladeira, não é a tv lcd, não é o carro novo que vai dar uma educação melhor ao país. Assim como eu ouvi em uma palestra de desenvolvimento regional, a caneta, por exemplo, é uma invenção genial. Mas, no fim de tudo, a única coisa que vai contar é o que você escreveu com ela. Portanto, vamos parar com essa coisa de achar que está tudo lindo e maravilhoso, porque não está. Ainda tem muito a ser resolvido, e é cedo demais pra cantar vitória assim. Muito já foi feito, muito já foi levantado, é verdade, mas não é o bastante.
Humanos erram, e erram feio. Reconhecer os pontos positivos, sim. Endeusar, não. Além de tudo, é tosco. Fica a dica ;)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Indicações: Cisne Negro

Ontem, enquanto visitava algumas páginas, lembrei que uma amiga minha havia comentado que queria assistir esse filme, e que a algumas semanas atrás vi muitos sites falando sobre ele. Resolvi procurar o trailer, que me encantou de imediato, me trazendo uma curiosidade enorme. Baixei o filme ontem mesmo, com o som e a imagem perfeitos, além de legendado.
Durante o filme, um turbilhão de emoções passou por mim. Eu pensei que esse filme seria o próximo Frida, que me deixou mal por duas semanas, pois senti que assim como o sofrimento de Frida escorreu para mim, o sentimento de Nina também escorreria, me deixando igua
lmente mal.
Mas para a minha surpresa, não foi o caso. Embora durante o filme se tenha emoções adversas, é impossível chegar ao final e gostar "mais ou menos" - ou você ama, ou odeia. E eu amei.
Para começo, eu adoro a Natalie Portman. Se ela não ganhar o Oscar de melhor atriz por esse filme, ou semelhante, desacredito que existe gente com sensibilidade. Assisti esses dias A Rede Social (do qual falarei ainda), e eu achei que de fato ganharia. E pode ganhar, mas como Cisne Negro foi indicado, será difícil decidir entre o Facebook e o Lago dos Cisnes.
Outra coisa que gosto em filmes é o jogo de cores, luzes, e fotografia, sobretudo. Tem muitos cartazes disponíveis na internet, e confesso que foi muito difícil escolher um para ilustrar este post, pois todos são magníficos. Fui por aquele que achei que poderia expressar melhor o filme, no geral.
Para quem acha que esse é só mais um filme sobre balé, deixe seus preconceitos do lado de fora e assista. A aflição quanto à cobrança de ser perfeita, a melhor, a pressão natural de grandes empreendimentos e a negatividade dos outros, e o modo que isso afeta a protagonista são reais. Acredito que todos passamos por isso, independente da intensidade. No meu caso, por exemplo, em situações de stress a minha pele dá sinais nítidos de que algo está errado. Todo mundo tem seus sinais, só é preciso saber ouví-los, antes que seja tarde. O que passa com Nina é uma passagem que fica evidente quando ela fala "She's gone!". É uma prova de fogo, que a faz ver coisas que não existem.
Pelo o que eu vi, só para o Oscar está indicado em 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Fotografia e Melhor Edição; para o Globo de Ouro, 4: Melhor Filme, Melhor Atriz (que Natalie Portman já ganhou), Melhor Direção e Melhor Atriz Coadjuvante; para o SAG Awards, 3: Melhor Atriz (ganhou também), Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Direção e para o BAFTA Awards, 12 categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor Cinematografia, Melhor Edição, Melhor Desig de Produção, Melhor Figurino, Melhor Som, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Cabelo e Maquiagem.
De fato, não dá pra esperar menos. Ou melhor, é impossível esperar menos. Sem dúvida, um dos melhores filmes que já assisti.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

1 ANO! Obrigada :D

Confesso que nem eu pensei que chegaria a tanto. Comecei este blog, a um ano atrás, com um desabafo e agora cá estou agradecendo à você por estar aqui. É, você. Se é a sua primeira vez aqui, desejo que volte, e se você vem sempre aqui, saiba que tem o meu agradecimento mais sincero.
Todos os anos sempre tem alguém para falar "Bah, como passou rápido esse ano" ou coisa equivalente. Eu também achava isso, mas uma das coisas que levo comigo como aprendizado em escrever quase que semanalmente, é que um ano dura o tempo certo, que é um ano. Não sei se isto ficou muito claro, mas uma vez ouvi em uma itinerância, vindo de um certo mestre, do qual as pessoas chamam de Dan, que queremos fazer tudo muito rápido, mas que um dia veremos que tanto faz 1 ou 10 anos, no fim, as coisas que devem acontecer acontecem.
Fazendo uma breve retrospectiva, em um ano de blog tem saldo positivo: 20 seguidores, 53 postagens (contando com esta) e uma média de 1550 acessos, arredondando. Segundo as estatísticas do Blogger, este blog atingiu a marca de 402 visitas no mês de setembro de 2010, o post Be Clean, Be Happy foi o mais acessado, e só em janeiro 132 brasileiros clicaram o blog, além de 3 chineses e 3 norte-americanos. E eu disse apenas neste mês, pois contando a partir de maio de 2010 até janeiro de 2011, seguem os seguintes números:
  • 1.315 - Brasil;
  • 88 - Estados Unidos;
  • 57 - Portugal;
  • 20 - China;
  • 6 - Vietnã;
  • 3 - França;
  • 3 - Rússia;
  • 3 - Japão;
  • 2 -Colômbia.
É ou não é de se ficar honrado? haha
Com isso, a responsabilidade muda. O nível deve subir, por excelência. Embora os números sejam modestos, para mim significam muito. Que este ano de blog se converta em combustível para os próximos.
Mais uma vez, obrigada por fazer parte disso, e por consequência, tornar isto possível.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Agora você vê, agora não vê mais


Hoje ao abrir a página inicial do meu e-mail, reparei nas notícias, e vi que uma cronista escreveu sobre aquele cachorro que ficou famoso durante as chuvas no Rio de Janeiro, por ficar ao lado do túmulo da dona, e nisso eu me toquei de que não vi mais tantas notícias a respeito disso nos noticiários. O mesmo aconteceu com a gripe suína, a febre aftosa, a dengue, a super bactéria dos hospitais, as tensões nas Coréias, bem como outras coisas que mereciam o destaque necessário.
Será que ninguém mais percebeu de que os problemas estão aí ainda? Sabe-se lá se a super bactéria nos hospitais continua matando, ou se já foi controlada; o fato é que não se falou mais do assunto, como se o mesmo tivesse sumido magicamente, para dar lugar a outras notícias.
A imprensa não é imparcial, e sim, eles noticiam o que querem na hora que julgam conveniente. Isso não é novidade, mas sério, será que as notícias das catástrofes do Rio de Janeiro só foram noticiadas tanto assim para as demais pessoas se sentirem culpadas, em uma tentativa de promover esse sentimento punitivo nas pessoas que nada tem a ver com aquilo? Se existe culpa, é de um governo que não se preocupa no bem-estar de uma população, e por isso não controla direito o destino do lixo e não oferece lugares adequados para se viver. E nisso, entra a maldita mídia fazendo campanhas de 'Doe isso, doe aquilo', que só faltam completar com um 'doe e você vai para o céu". Honestamente, eu já pago meus impostos. Eu não tenho a obrigação de ajudar em uma coisa que é função do governo, porque eu já paguei. A população brasileira tem é que parar com esse sentimento de bom moço, porque o tiro está saindo por baixo. Nós já pagamos bem mais que o necessário para ser investido em nós mesmos, e no entanto, não é. Sinto vergonha quando penso que certas pessoas chegam ao poder porque outras pessoas ficaram reféns das malditas bolsas sociais, e não têm escolha.
E pensar que a propaganda é a alma do negócio, que o brasileiro não toma iniciativa muitas vezes porque acha que está tudo certo... Nós somos enganados todos os dias.

No livro Honoráveis Bandidos, de Palmério Dória, fala sobre o domínio do clã Sarney, e sobre um dos tripés do reinado: Comunicações. Termino esta postagem citando uma passagem bem interessante, que ilustra este post:

"Para garantir 5 anos de mandato, e não 4 como estava 'combinado', ele (José Sarney) se mancomunou com Antonio Carlos Magalhães, seu ministro das Comunicações, e a dupla distribuiu nada menos que 1.091 concessões de rádio e televisão. Destas, 165 'compraram' parlamentares; e 257 eles distribuíram na reta final da aprovação da Constituição de 1988. Não é exagero dizer que ali os coronéis plantaram seara para colher frutos por décadas a fio.

Nem é exagero debitar na conta dupla de coronéis a programação idiota e fabricante de idiotas que temos neste país, dado ao nível de 'políticos' que ganharam concessões - dispostos à imoralidade de trocar rádio e tevê por apoio a mais um ano de Sarney. São todos do mesmo saco, os responsáveis pela 'máquina de fazer doido', o jornalismo emasculado e engomadinho, a picaretagem em nome de Cristo, a cafetinagem do Filho de Deus - 'esta televisão', escreveu João Antônio, 'que vai transformando ignorantes em idiotas'.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Agulha no palheiro

Em um dos meus sábados permeados de ócio, assisti o programa "Caldeirão do Huck". Não gosto muito de tv, mas se gostasse já teria convencido o pessoal daqui de casa a fazer uma assinatura para tv à cabo. Anyway...
Passou um quadro em que o apresentador foi em uma favela conhecer um programa social relacionado ao surf. Neste projeto, há um garoto em especial que disse que seu grande sonho era surfar com o Kelly Slater. Fazendo um resumo da vida dele, o menino tem mais irmãos, entre eles um que morreu pelo tráfico de drogas, e que não tinha um refrigerador em casa. O apresentador levou o garoto para o Havaii, para surfar com aquele que foi 9 vezes o melhor do mundo, mas antes o fez prometer que ele nunca entraria para o mundo que seu irmão entrou.
Chegando lá, o apresentador conversa com Kelly, conta a história, e em resposta, ele diz que não é difícil se identificar, mas que apesar das dificuldades financeiras que ele e a família passavam, eles tinha uma geladeira, ou seja, é presumível que problemas relacionados à fome, ele nunca passou.
Após todo o suspense espontaneamente forjado (eu odeio esse tipo de coisa), o menino teve a oportunidade de conversar com o Kelly. Evidente, ele só sabia falar "What's up?" em inglês, então o apresentador entrou como intérprete. E claro, como todo bom programa de tv aberta, teve que ter a sua dose de sensacionalismo, porque não bastava o garoto viver em uma situação terrívelmente precária, sempre é preciso apelar. Com isso, o Luciano falou para o menino: "Promete para ele que você nunca entrará para o tráfico." e o menino repetiu.
O que me surpreendeu foi a resposta de Slater: "Você não tem que prometer nada à mim ou à ele, você tem que prometer à si mesmo."
Eu achei isso fantástico. Honestamente, não é à toa que ele é o melhor do mundo no surf (9 vezes!), pois suas metas não foram para os outros, foram para ele. Fora, é claro, do belo 'cala a boca' no sensacionalismo barato que o apresentador tanto queria.
Prometer certas coisas aos outros não funciona... a decisão de entrar ou não para o narcotráfico só cabe ao menino. É ele quem tem de ter cérebro na hora de escolher. E o complicado é que isso não é pra qualquer um. Infelizmente o tráfico de drogas oferece o dinheiro, e até mesmo a estrutura, que o Estado muitas vezes não oferece. É o garoto quem tem de jogar na balança dos princípios o que é prioridade.
Nós mesmos temos que nortear as nossas escolhas, os nossos rumos, sem ter de ficar eternamente agarrado à crença de que é preciso prometer tal coisa para alguém mais 'importante'. No fim das contas, vai valer quem você é, e não o que você tem ou fez.
Sinceramente? essa atitude de Slater é um exemplo a ser seguido.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ouvir


Pra ser sincera, eu começaria o ano no blog escrevendo sobre outra coisa, mas achei que talvez não fosse adequado. Não agora, pelo menos.
Dia desses eu ouvi, por acaso, uma música do John Mayer, chamada Gravity. Me apaixonei por ela, afinal, é do jeito que gosto. No dia seguinte fui procurar por ela, e na busca vieram 5 resultados, entre eles, de uma banda chamada Def Leppard. Ouvi a música, e as demais de um álbum denominado X, e me encantei por tudo. Enquanto escrevo isto, estou ouvindo a música Love Bites, que é ótima também. Me senti como na foto que ilustra esta postagem: livre.
E é isto que espero para este ano; sensações parecidas das que sinto quando ouço Def Leppard, entre outras bandas que gosto, que são as mesmas que tenho quando estou com as pessoas que eu gosto, ou fazendo as coisas que gosto. Não sou de fazer resoluções, pular as não sei quantas ondinhas (mesmo porque, dificilmente vou para a praia) e nem de guardar as sementes de uva na carteira, mas vou fazer o possível para que este ano seja muito bom. E será.
Aliás, com tanto colorido por aí, recomendo Def Leppard. Você vai gostar, garanto ;*