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quarta-feira, 31 de março de 2010

Quase Uma Guerra

Esse é aquele ano em que a maioria sonha a tempos: o ano da formatura.
Ontem foi a primeira das reuniões, e o fato mais comentado foi de que os pais foram mais baderneiros e mal educados que os alunos. Concordei com isso, visto que minha mãe conseguiu me estressar lá e em casa. A primeira ideia apresentada foi a de fazer a colação de grau no ginásio, e o baile em outro lugar, como uma tentativa de comparar a E.E.B. Almirante Barroso ao CC, mais conhecido como Colégio Catarinense, de Florianopolis. Até aí tudo bem, se o CC não fosse um colégio particular, em uma das cidades mais desenvolvidas do estado.
Isso não faz sentido, pois se o dinheiro é o principal problema, nós gastaríamos duas vezes com a mesma coisa. Eu entendo que tem aqueles que podem mais e aqueles que podem menos, mas para mim uma formatura bem feita deve ser realizada, por uma razão bem simples: Não é todo mundo que vai ter outra formatura na vida.

Um dos argumentos usados contra foi que, nos anos anteriores, muitos pais só souberam que o filho havia sido reprovado no dia da colação. Pois bem, se for pra pagar a 'mensalidade', vender coisas ou fazer trotes, que trate de estudar também, que honre o dinheiro. Outra coisa foi a possível proibição de bebidas alcoólicas. Droga, o filho de ninguém é obrigado a beber, só bebe se quiser. E se beber até cair, envergonhar a família ou entrar em coma alcoólico, problema dele, pois livre arbítrio serve para isso.
Todavia, preciso concordar que a reunião começou do jeito errado. Começaram falando dos gastos, sendo 10 salários mínimos para o aluguel de um dia da Affirma (R$ 5100,00) na sexta-feira e aproximadamente R$8000,00 para a banda By Brazil, que na minha opinião é uma das melhores para formatura. Porém, era evidente que os pais se assustariam e reprovariam a ideia.
Enfim, foi estressante, e é impossível argumentar com pessoas fechadas, mas foi só a primeira batalha, ainda temos uma guerra pela frente. Fora que, possivelmente acontecerá como todos os anos: a formatura do nosso jeito, no dia e no lugar que quisermos, e aqueles que eram contra dançando e curtindo junto com os formandos. I love it.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Oportunidades


Hoje tive aquele tipo de conversa que você nunca esquece, com um dos meus melhores amigos, o Marcelo. Eu comentei com ele sobre algumas inseguranças minhas, e algumas coisas das quais eu achava que poderiam não dar certo, muito embora estejam indo bem. E em meio à isso, surgiu o assunto oportunidade, e ele me disse algo como:
"Se eu fosse você, não deixaria esta oportunidade passar.
Já pensou se no correio, em meio àquela fila enorme, o caixa fosse tomar um cafézinho quando chegasse a vez de cada cliente, dizendo 'desculpe sr, mas não posso atendê-lo agora. Faz pouco tempo que atendi o último cliente, e agora eu preciso fazer uma pausa para o café.' ?"
Isso me deixou pensativa. Acho que todas as pessoas passam por situações das quais se perguntam se já é a hora de se jogar. Espero que embaixo da minha ponte, tenha alguém para me segurar.


segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher - Especial

Homenagem ao meu dia. Ao nosso dia, aliás. (caso você seja mulher)
Este post é dedicado para todas as mulheres que fazem parte da minha história. Façam elas parte do meu grupo de amigos, da minha família, da música, da arte, da política, TODAS.
Anyway, Feliz dia da Mulher e que o poder perdure, yeaaaah!.




1. A responsável de tudo, minha mãe.
2. A melhor blood sister que alguém pode ter.

3. A melhor heart sister que alguém pode ter.
4. Minhas primas que eu amo. Ou o lado loiro da família.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Como as pessoas se tornam idiotas II - Submissão


Para mim, é uma das coisas que mais minam a credibilidade de uma pessoa, independente do seu gênero, credo, idade e ideal. E se mina, ela automaticamente vira uma idiota.
O que leva alguém a aceitar tudo, de cabeça baixa, sem reinvidicar seus prováveis direitos? O texto de hoje seria sobre a prática de trotes violentos, mas então percebi que os dois temas andam de mãos dadas. Quando ouvi que um calouro levou caipirinha nos olhos por recusar a dar um beijo no pé do veterano, me orgulhei dele; ele teve coragem de encarar tal situação, ainda que o resultado tenha sido um tanto quanto... inglório. Acho que para isso, vale o que eu vi certa vez tatuado na perna de um rapaz: 'Death Before Dishonor'.
O ponto é que eu não vejo muita diferença entre a criança que todo santo dia é alvo dos colegas e daquelas pessoas que engolem sapos do chefe. A partir disso surgem patologias como bullying e Síndrome de Burnout para buscar respostas para certas coisas, entretanto, os "doentes" não se dão conta de que uma vez que outras pessoas abusam delas, parte da culpa pode ser dela mesma. Postura, jeito de falar, agir, vestir, entre outras coisas favorecem tal situação, e posso falar disso com propriedade, visto que passei por algo próximo a
os meus 11 anos. Acredito que, quando tal indivíduo toma uma postura de coitadinho, algo muito errado está acontecendo. E o mesmo perde a noção do rídiculo se deixando passar por situações degradantes, pois crê que não tem força física ou até mesmo preparo mental suficiente para não levar o desaforo para casa. Logo, viram idiotas.
O pior é que as modalidades de submissão são amplas, mas vou enumerar algumas:
  • Esposa/o que apanha do/a esposo/a;
  • Filha/o que faz todas as tarefas de casa sozinho, ainda que tenha mais irmãos para ajudar;
  • Criança que sofre 'ataques' na escola;
  • Funcionários que não desistem da função pelo dinheiro, e em troca aguentam os piores dos desaforos, sendo que ás vezes o salário nem compensa o stress;
  • Namorado/a que deixa de ver os amigos porque a/o namorada/o não deixa
  • ...
Hoje mesmo me perguntei se tais pessoas merecem meu respeito. Em meu entendimento, um sistema passa a funcionar melhor quando não existem só leis, mas também certas condutas, como auto respeito. A pessoa que não se rebela, que aceita tudo de queixo baixo e que não se defende, pode ser um santo, mas está ferindo seu auto respeito. Eu lamento, mas fere ainda que não queira. Me questiono porque algumas pessoas agem de tal modo, sendo que muitas vezes passam por frágeis, influenciáveis e até mesmo retardadas, justamente por não irem atrás de seus direitos.
Talvez, elas precisem de um bom balde de água fria para acordar e ver que tal conduta é repulsiva. Está certo, todo mundo tem seus dias de cão, mas sucumbir à isso, é no mínimo burrice, e por isso bato na tecla do auto conhecimento e auto respeito, mais uma vez. O mundo não é tão doce, as pessoas não são tão boas e nem tudo é culpa apenas do outro. Quem sabe, o mundo passe a ser um lugar melhor quando algumas pessoas não deixarem mais as outras pisarem em suas cabeças, sejam elas seus pais, namorados ou até mesmo o meio do qual vivem.


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