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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Agora você vê, agora não vê mais


Hoje ao abrir a página inicial do meu e-mail, reparei nas notícias, e vi que uma cronista escreveu sobre aquele cachorro que ficou famoso durante as chuvas no Rio de Janeiro, por ficar ao lado do túmulo da dona, e nisso eu me toquei de que não vi mais tantas notícias a respeito disso nos noticiários. O mesmo aconteceu com a gripe suína, a febre aftosa, a dengue, a super bactéria dos hospitais, as tensões nas Coréias, bem como outras coisas que mereciam o destaque necessário.
Será que ninguém mais percebeu de que os problemas estão aí ainda? Sabe-se lá se a super bactéria nos hospitais continua matando, ou se já foi controlada; o fato é que não se falou mais do assunto, como se o mesmo tivesse sumido magicamente, para dar lugar a outras notícias.
A imprensa não é imparcial, e sim, eles noticiam o que querem na hora que julgam conveniente. Isso não é novidade, mas sério, será que as notícias das catástrofes do Rio de Janeiro só foram noticiadas tanto assim para as demais pessoas se sentirem culpadas, em uma tentativa de promover esse sentimento punitivo nas pessoas que nada tem a ver com aquilo? Se existe culpa, é de um governo que não se preocupa no bem-estar de uma população, e por isso não controla direito o destino do lixo e não oferece lugares adequados para se viver. E nisso, entra a maldita mídia fazendo campanhas de 'Doe isso, doe aquilo', que só faltam completar com um 'doe e você vai para o céu". Honestamente, eu já pago meus impostos. Eu não tenho a obrigação de ajudar em uma coisa que é função do governo, porque eu já paguei. A população brasileira tem é que parar com esse sentimento de bom moço, porque o tiro está saindo por baixo. Nós já pagamos bem mais que o necessário para ser investido em nós mesmos, e no entanto, não é. Sinto vergonha quando penso que certas pessoas chegam ao poder porque outras pessoas ficaram reféns das malditas bolsas sociais, e não têm escolha.
E pensar que a propaganda é a alma do negócio, que o brasileiro não toma iniciativa muitas vezes porque acha que está tudo certo... Nós somos enganados todos os dias.

No livro Honoráveis Bandidos, de Palmério Dória, fala sobre o domínio do clã Sarney, e sobre um dos tripés do reinado: Comunicações. Termino esta postagem citando uma passagem bem interessante, que ilustra este post:

"Para garantir 5 anos de mandato, e não 4 como estava 'combinado', ele (José Sarney) se mancomunou com Antonio Carlos Magalhães, seu ministro das Comunicações, e a dupla distribuiu nada menos que 1.091 concessões de rádio e televisão. Destas, 165 'compraram' parlamentares; e 257 eles distribuíram na reta final da aprovação da Constituição de 1988. Não é exagero dizer que ali os coronéis plantaram seara para colher frutos por décadas a fio.

Nem é exagero debitar na conta dupla de coronéis a programação idiota e fabricante de idiotas que temos neste país, dado ao nível de 'políticos' que ganharam concessões - dispostos à imoralidade de trocar rádio e tevê por apoio a mais um ano de Sarney. São todos do mesmo saco, os responsáveis pela 'máquina de fazer doido', o jornalismo emasculado e engomadinho, a picaretagem em nome de Cristo, a cafetinagem do Filho de Deus - 'esta televisão', escreveu João Antônio, 'que vai transformando ignorantes em idiotas'.

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