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quarta-feira, 5 de março de 2014

O que a cozinha me ensinou

Desafio de férias: arroz doce com castanhas

Gente! é com MUITA alegria que estou retomando o meu blog, depois de um longo inverno sem postar nada. Estou bastante animada com esse retorno, estou com uma ideias para ele, espero que você que está lendo acompanhe e goste :) Para retomar, vou contar hoje a minha experiência com a cozinha.

É algo que surgiu quando eu era criança, e foi muito além de ter as panelinhas de brinquedo (que eu gostava muito!). Eu gostava de estar na cozinha com a minha mãe, me sentia bem nesse ambiente. Como eu passava muito tempo com a moça que cuidava de mim, era no fim de semana que eu comia a comida da minha mãe. Lembro bem do gosto dos legumes, da carne... o jeito que ela fazia deixava ainda melhor, embora ela goste muito de cozinhar até hoje. Quando ela fazia algum bolo, eu colocava a cadeira perto da batedeira para 'ajudar'. Haha, até hoje minha mãe diz que eu dizia para 'mexer bem' a massa.

Embora eu tenha acreditado um tempo naquela besteira de que lugar de mulher é na cozinha, logo percebi que saber cozinhar é um símbolo de independência, e desde então acredito nisso. Talvez por eu sempre ter desejado viver sozinha, isso ficou meio enraizado na minha cabeça, de que era necessário aprender a cozinhar, se virar.  

Porém, muito além disso, está o prazer. Saber fazer algo para quem gosta, deixando de lado o orgulho do 'fui eu que fiz', está a alegria em oferecer algo feito de coração. Comer bem faz parte de ter uma vida feliz. Sem contar o que se aprende durante o cozimento. É necessário ter paciência para acompanhar o cozimento, cuidado para não queimar e dedicação para alcançar o ponto máximo de sabor. É necessário também conhecer os utensílios, afinal uma panela de cerâmica é diferente de uma de alumínio; cada uma exige um cuidado diferente, assim como as pessoas são diferentes.. Por consequência, você acaba buscando isso fora da cozinha, tentar fazer o melhor. Saber cozinhar é libertador, apenas com a ideia de que você não precisa mais de uma outra pessoa para preparar sua comida. O alimento é algo sagrado. Você sabe fazer, você vai lá e faz, sem rodeios.

Esse texto não saiu bem como eu gostaria, prometo que tento melhorar :) (talvez seja o longo tempo sem escrever... talvez.). 
Enfim, se você chegou até aqui, muito obrigada, espero que volte.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobre bullying

   A denominação "bárbaro" que os romanos usavam para identificar os povos germânicos, muito além do modo de vida e estruturas sociais desses povos, era essencialmente ideológico. Desse meio, posteriormente, vieram demais rotulações que reforçavam um preconceito explícito contra outrem, como aconteceu na Alemanha nazista ou na América Latina durante a "colonização" espanhola.
   O bullying não deve ser encarado como mera brincadeira ou agressão inocente - se é que existe isso - mas como forma de intolerância, na qual existe um preconceito velado. As agressões são apenas a ponta de um iceberg que flutua em um oceano de convenções sociais que não encontram apoio na realidade. Uma vez que esse fenômeno social, infelizmente, não se restringe ao âmbito escolar, traz o comprometimento da vida em sociedade, em atitudes que não visam o bem estar coletivo, mas apenas o bem estar individual.
   Combater o bullying extrapola a barreira do "politicamente correto" tão em voga nos nossos dias, mesmo porquê essa prática sempre existiu. No entanto, ir contra o bullying é o primeiro passo para trazer um pouco mais de civilidade ao meio, antes que tragédias como os episódios de Columbine e Realengo se tornem cotidianas. Embora muitos pais preparam os filhos para não serem agredidos, poucos preparam os filhos para que não se tornem agressores; mesmo a escola, fecha os olhos para comportamentos transgressores de alguns alunos, mas depois se chocam com chacinas que ocorreram dentro de escolas. A educação transforma, e cidadãos melhores vêm de lugares saudáveis.
   Ataques pessoais  desse calíbre geram cicatrizes no indivíduo, estas, evitáveis, desde que a origem seja tratada com a seriedade necessária, em que valores coletivos preponderem efetivamente. A "barbarização" de nossas regras já ocorreu, e as mortes que o bullying trouxe são provas suficientes para que este seja tratado como um problema real.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012

Depois de muito tempo sem postar nada, decidi escrever hoje. O meu tempo já está escasso, e mesmo sabendo que a tendência é só piorar, não penso em desistir do blog, embora essa talvez seja a última postagem de 2012. Percebi que muitos blogueiros estão deixando seus blogs à deriva por faltar tempo. Isso é triste, os blogs na maioria das vezes são de ótima qualidade. As atividades contemporâneas pedem dedicação integral, fazendo com que não sobre tempo para escrever, infelizmente.

Nesta semana comprei uma coisa que sempre quis: uma caixa de lápis de cor aquarelável. Quem me conhece pessoalmente sabe que eu adoro arte. Sempre quis desenhar bem.
Na véspera do meu aniversário deste ano fui ao Museu Oscar Niemeyer, ver a exposição de Modigliani, o que me animou a treinar desenhos. Ele não desenhava bem no começo. A técnica foi alcançada depois de muito treino. Comecei a fazer meus primeiros desenhos (já são dois) e descobri que não há nada mais bonito do que ver a tinta se dissolver no papel. Ouvi durante uma grande parte da minha vida escolar professores de arte que mal sabiam dizer os nomes dos pintores e mesmo assim cobravam algo além da capacidade de uma criança, algo que era conseguido em um a cada 70, e pior, não era lapidado, incentivado. Mas agora é diferente. Agora eu tenho os meus lápis, vou pintar os desenhos de acordo com o meu traço, como eu sempre quis fazer.

Nesses últimos dias também senti a necessidade de ser gentil, não só com os outros, mas comigo também. Ultimamente tenho tido dificuldade em encontrar isso nas pessoas ao meu redor. Melhor procurar em mim mesma, respeitar as minhas dores, as minhas alegrias, os meus sentimentos de um modo geral.

domingo, 2 de setembro de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Flertando com o desastre: Redes Sociais

Antes de postar qualquer coisa sobre 2012, gostaria de postar aqui um texto do dia 31/01/2012 do site Desfavor, sobre a razão de não aderir a redes sociais. O texto está ótimo, e estou repassando por ter a justificativa exata de eu não ter facebook. Espero que gostem.




Normalmente as pessoas estão divididas em três grupos: aqueles que usam redes sociais, aqueles que não usam redes sociais porque não sabem e aqueles que não usam redes sociais porque não tem interesse. Porém temos exceções, como Somir e eu, entre outros poucos, os quais respeito e admiro por saber o preço que pagam: pessoas que poderiam se beneficiar de forma significativa usando redes sociais, seja no campo pessoal ou profissional, no entanto escolhem não fazê-lo em nome de bens maiores como privacidade, dignidade e consideração por aqueles que os cercam. Então, depois de ouvir pela milésima vez a pergunta do “porque vocês não usa o Facebook” ou “porque vocês não usam Twitter”, vou gastar quatro páginas respondendo, assim o próximo que perguntar já tem uma resposta montada.

Sim, tanto para fins de “Desfavor” como para nossas profissões reais, poderíamos fazer ótimos contatos e dar visibilidade aos nossos trabalhos usando redes sociais. Sim, o Twitter é uma ferramenta poderosa que te permite piadas em tempo real, contatos com pessoas que você dificilmente alcançaria ao vivo e uma enorme visibilidade do que você diz. Já pensou se a cada “Processa Eu” a gente twitasse o homenageado? Já pensou se a cada texto polêmico a gente twitasse os interessados? Seria um boom, porque nossos textos podem ser a merda que for, mas são ofensivos e despertam raiva e reações passionais.

Mas a gente não quer. Sabe porque? Porque a gente não faz texto pensando em “irritar Fulaninho”. Francamente, cagamos baldes para o que Fulaninho vai achar, se é que vai achar. Porque se Fulaninho nunca ficar sabendo (como de fato nunca ficam), não nos importamos. Fulaninho não é assim tão importante. Nem a fama. Nem que o mundo todo leia nossos textos. E, caso vocês não tenham percebido, isso é um puta elogio por vias transversas, porque com isso você tem a certeza que a única opinião que me importa é a sua. Não quero divulgar o texto para a mídia, para o Fulaninho e nem sequer para os meus amigos, meu texto é feito para VOCÊ.

Porque tem dessa. Meus amigos não conhecem o Desfavor. A República Impopular do Desfavor é altamente ofensiva. Mais cedo ou mais tarde, acabaria ofendendo alguém, que levaria para o pessoal ou encararia como uma indireta. Então, cada comentário aqui vem de gente que gosta da gente porque nos achou ao acaso, não de gente que veio aqui prestigiar o blog de um amigo. Cada comentário aqui é uma medalha, vale ouro. Não vem de dezenas de mensagens paunocuzativas “comenta lá no meu blog!”. Comenta aqui quem quer e quem acha que a gente merece um comentário, nem que seja para nos mandar para a puta que nos pariu.

Sim, a gente podia estar flertando com a fama, twitando por aí ou fazendo contatos no facebook para ver se consegue publicar alguma coisa escrita nesses três anos, porque vai, se peneirar, sai alguma coisa vendável. Mas a gente não quer pagar o preço disso. A gente SABE dos inúmeros benefícios (inclusive econômicos) que poderia ter, mas a gente NÃO QUER POR OPÇÃO. Isso entra na cabeça de alguém? Difícil. O que poderia ser mais precioso do que dinheiro e fama, não é mesmo? Algumas pessoas não entendem que não se trata de “não perceber” o que estamos perdendo e sim de perceber e escolher abrir mão disso em nome de algo que consideramos mais importante.

Para começo de conversa, nossa privacidade e por tabela a privacidade dos nossos entes queridos. Twitter tem uma falha muito grande que, se um dia for corrigida, eu até pensaria em fazer uso: qualquer pessoa do mundo pode deixar qualquer bosta ali no seu Twitter sem a sua prévia aprovação. Abrindo este canal, a gente expõe um ao outro e expõe também as pessoas que nos cercam. Expõe até pessoas que ainda não existem, como por exemplo, futuros filhos. Existem seres humanos de merda, seres humanos sem noção, seres humanos maus, seres humanos doentes e tantos outros adjetivos desagradáveis. Ter um Twitter é colocar todas estas pessoas de merda dentro da sua casa e permitir que elas falem o que querem para você, para seus pais, para seus filhos, para sua família, para seu namorado, para sua esposa, para seus colegas e para seus amigos ouvirem. É dar passe livre para que digam o que bem entenderem em público e causem o estrago que desejarem.

E não se trata de se importar com ofensas e se magoar com xingamentos de internet sobre você mesmo. Vocês sabem bem que Somir e eu não nos importamos que nos xinguem muito menos com o que pensam da gente, mas existem pessoas que se importam, sobretudo com falta de respeito. O mundo seria um lugar maravilhoso se as pessoas não se ofendessem ou se incomodassem com argumentos de internet, mas infelizmente não é assim que funciona. Sem contar que, quando há notória falta de respeito em público, dificilmente conseguiríamos ficar indiferentes um em relação ao outro.

Então, como o mundo não sou apenas eu e o meu umbigo artificialmente reconstruído, eu não troco dinheiro, notoriedade, visibilidade e até mesmo uma eventual alavancada profissional pela dignidade das pessoas que me cercam. Estou errada? Depende dos valores. No mundo atual isso com certeza é tido como falta de visão, falta de espírito empreendedor, falta de ambição e falta de competência. Mas dentro dos meus valores, é louvável. Pior para mim, que vou morrer pobre, melhor para o resto, que terá uma concorrente a menos.

Prefiro isso a um dia um parceiro meu abrir meu Twitter e ter que passar pelo mau momento de ler coisas como “estou com ciúmes” ou “te comeria fácil” ou coisa do tipo. Porque eu sei o sofrimento que isso provoca, e com o sofrimento, vem o processo de desgostar da pessoa. Prefiro isso a um dia um filho meu (que até a presente data, não pretendo ter) abrir um arquivo antigo de Twitter e ler alguém chamando a mãe dele de “filha da puta” ou coisa do tipo. Porque eu sei o quanto isso pode ser usado contra ele e o quanto pode humilhá-lo. Prefiro isso a um dia meus pais serem surpreendidos por alguma informação ou excesso de informação que possa magoá-los, porque acho babaca, ingrato e sem noção causar tanto sofrimento a pessoas queridas a troco de tão pouco.

Ninguém está seguro na internet, quem acha que um nome falso basta para proteger sua privacidade é inocente. Privacidade se protege com atitudes. Privacidade se protege com RENUNCIAS, renuncias que custam caro. Não pensem vocês que a gente não sabe o quanto poderia se beneficiar de redes sociais ou que a gente não o faz por birra, elitismo, pose ou preguiça. A gente não o faz por carinho um com o outro e com as pessoas com as quais realmente nos importamos, inclusive um com o outro.

Acho decente renunciar para poupar as pessoas de quem você gosta. Poucas pessoas são capazes disso. E vou além: mesmo que eu nunca tivesse escrito um único texto postado na internet, eu não teria Twitter. Mais por respeito do que por qualquer outra coisa, porque como mulher eu sei o quão fácil é se decepcionar ou desgostar de alguém que te expõe a uma situação constrangedora/humilhante/desrespeitosa de forma pública pela internet. Não me refiro apenas a relacionamentos amorosos, apesar de que estes são os mais afetados, me refiro a qualquer relacionamento afetivo importante para você. Se você gosta e quer preservar uma relação de afeto, carinho e respeito com alguém, saiba que o Twitter coloca isso em risco. Vale a pena correr esse risco? Não vale negar o risco, ele existe. A pergunta é: o que o Twitter te dá é assim tão bom para aceitar o risco de magoar profundamente alguém que você ama? Porque essa possibilidade está fora do seu controle, pode acontecer mesmo que você faça tudo certo.

A evasão de privacidade, a verborragia de gente que fala sem pensar, o excesso de informação, a falta de bom senso das pessoas, tudo isso coloca em risco qualquer relacionamento até a mais forte das amizades. Pode não acontecer nada? Pode, mas pode acontecer. E as pessoas das quais eu verdadeiramente gosto são importantes o suficiente para que o simples risco me faça abrir mão desta ferramenta. E se você pensa que nada de errado vai acontecer com você porque todos os seus amigos são do bem, pense duas vezes. Não necessariamente uma merda acontece por maldade. Muitas vezes é por falta de bom senso ou até mesmo por um acidente: a pessoa posta sem querer de forma pública algo que deveria ser privado. Sim, isso acontece.

Facebook, se fosse bem utilizado, seria um excelente instrumento para networking. Mas não é, é um instrumento que se presta mais alimentar o voyeurismo e/ou o masoquismo, quando não a ambos. Eu não quero que qualquer pessoa possa me encontrar e ver uma foto minha, ainda que seja apenas uma foto do avatar do meu perfil. Isso dá poder às pessoas que estão fuçando sua vida. Isso permite rastrear, localizar, ter informação.

Eu não quero estar ao alcance de todos, para algumas pessoas, na verdade, eu quero que nem ao menos saibam se eu estou viva ou morta. Sim, as pessoas são assim de deprimentes: elas fuçam para saber da vida dos outros, para saber onde estão, como estão. Minha vida não é novela, quem procurar não vai me encontrar. E acho que quem não se importa em ser localizado por qualquer pessoa no mundo e em passar informações pessoais suas para qualquer pessoa no mundo ou não tem nada a perder ou é muito inocente. Não são apenas seus amigos que olham sua rede social. Já vi muita gente se prejudicada de forma propositada de formas que nem mesmo eu com meus anos de troll poderia prever.

Vejo muitas pessoas dizendo “Eu preciso ter redes sociais para divulgar o meu trabalho”. Questão de escolha. Sempre existe um risco grande de causar mágoas a uma pessoa querida, a escolha é clara: dar um “up” no trabalho por redes sociais X o bem estar da pessoa querida. Precisar é uma palavra convenientemente escolhida. Não, a pessoa não precisa. A pessoa faz uma escolha, em detrimento do sentimento alheio. É a vaidade ou a ambição vencendo o respeito e a consideração. Faça esta escolha se quiser, cada um sabe o que é melhor para si. Só não venha tentar me convencer a fazer a mesma escolha, ou pior, tentar me convencer que não é um risco aos sentimentos das pessoas que te cercam.

É por isso que nós não temos e não pretendemos ter nem Facebook nem Twitter. Porque zelamos muito um pelo outro, porque temos um enorme carinho, respeito e consideração um pelo outro e pelas pessoas que nos cercam e nos são queridas. Nós sabemos os inúmeros benefícios de um networking em redes sociais, mas ainda assim, nós escolhemos as pessoas que nos são importantes e, acima de tudo, acreditamos que, ao contrário do que insistem em afirmar, este não é o único caminho possível para quem quer se projetar. E se for, bem, foda-se, o preço é alto demais.

Faço aqui um parêntese para falar da minha relação com o Somir. Nos conhecemos por meio de uma rede social, e ainda nela, chegamos a ter alguns atritos bastante sérios, justamente por causa de pessoas sem noção de limites. Pessoas que causaram desentendimentos, que fique claro. Gente xingando nunca nos incomodou, muito pelo contrário. Ambos gostávamos muito dos ambientes freqüentados naquela rede social e ainda assim, depois de uma série de aborrecimentos, decidimos que NÓS éramos mais importantes.

Este é o grau de comprometimento que se espera de pessoas que realmente se amam. E é graças a esse grau de comprometimento que nós temos um com o outro que estamos a caminho do quarto ano de Desfavor. Respeito e consideração não é dar ao outro o que você acha ser sinônimo de respeito e consideração e sim dar ao outro o que ELE entende como respeito e consideração. E eu sempre tive isso do Somir (e sei que sempre terei) e ele sempre teve de mim. Relações duradouras não são fruto de sorte, são fruto de renuncias. Não é a toa que chegamos juntos até aqui. Foi fruto de esforço, consideração e renúncia. E não me arrependo.

As pessoas querem construir relações de respeito e amor sem sacrifícios, ou melhor, escolhendo os sacrifícios que sejam menos penosos para elas. Não é assim que a banda toca. Redes sociais são a maior causa de estresse e mágoas em relacionamentos das pessoas que me cercam, e acredito que das pessoas em geral também. Vale a pena passar por isso? É realmente tão bom a ponto de causar sofrimento a uma pessoa com a qual você se importa e ainda assim você optar por continuar?

Vamos trazer o problema para a esfera do concreto para visualizar melhor? Imagine você que existisse um lugar para reunião de pessoas (bar, boate, qualquer coisa), onde todo tipo de pessoa freqüentasse. Todo mesmo, inclusive pessoas sem noção que darão em cima de você mesmo com seu parceiro do lado ou que tentarão te agredir sem motivo aparente. Pessoas para as quais você não terá como colocar limites antes de que um ato magoe alguém que se importa com você. Qualquer coisa pode acontecer ali. Você freqüentaria esse local diariamente, correndo o risco de que um dos freqüentadores causasse uma enorme indisposição entre você e alguém que você quer bem? Provavelmente não. Mas as pessoas o fazem no meio virtual porque sentem que ali não tem problema. Mas tem, falta de respeito não precisa ocorrer ao vivo para ser falta de respeito.

Por isso, não adianta listar os inúmeros benefícios que teríamos investindo em redes sociais. A gente sabe. E a gente já fez a nossa escolha. Prioridade: nós. Todo o resto terá que ser adaptado à nossa prioridade. Prioridade: pessoas que amamos. O que pudermos fazer sem colocar em risco as pessoas que amamos será feito, o resto não.

Se você balança um bebê na janela, só é irresponsável se ele escorregar e cair? A falta de consideração não ocorre quando dá uma merda e outra pessoa sai magoada, a falta de consideração ocorre quando você decide assumir esse risco. Pense nisso.