
Embora a copa do mundo esteja imperando, vou falar de perdão.
O Brasil concedeu gentilmente a Cabo Verde, o perdão de uma dívida de 3,5 milhões de dólares, o que deve dar mais ou menos uns 6 milhões de reais, para mais. Fora a universidade federal no Ceará, zero, que terá 10 mil vagas, sendo 5 mil destinadas a africanos.
“O perdão da dívida já tinha sido acordado, apesar de Cabo Verde sempre ter cumprido os seus compromissos. Mas faltava regulamentá-lo e é isso que vai acontecer, permitindo a Cabo Verde ter melhores condições para obter financiamentos para projectos de desenvolvimento” no arquipélago, disse a diplomata brasileira, Maria Dulce Barros.
Nada contra os africanos e os moradores de Cabo Verde, mas tem brasileiros morrendo nos hospitais por falta de leitos adequados e aparelhos necessários. Tem pessoas que passam fome, seja de comida, seja de cultura, e as mesmas ás vezes não conseguem saciar isso. Tem famílias nas ruas, nos lixões, buscando comida ou qualquer trocado que seja, só para se manter em pé, e o nosso país perdoa uma dívida com a qual o dinheiro a ser pago poderia ser investido nestas pessoas. Até onde eu sei, um governo é do povo e para o povo, e não foi bem nisso que pensaram ao conceder este perdão.
Sra. Maria, perdoe-me, mas nós também temos projetos de desenvolvimento, nós também precisamos de dinheiro. Nós também pagamos o que emprestamos, com a diferença de que nenhum país perdoa a nossa dívida. Perdoe-me, sra. diplomata, mas nós também temos necessidades, portanto, por favor, pare de achar que o nosso país é rico, porque não é.
Acho que quem perdoa de verdade somos nós, brasileiros, que nos calamos diante disso tudo. Perdoamos ideias mirabolantes, que nunca deveriam ter saido do papel. E o pior, a maioria ainda acha bonito e aplaude em pé.
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